sexta-feira, 3 de junho de 2011

     olho pela janela, vejo o vento a bater nas folhas, estas, mexem indefesas, é a lei da natureza, vejo animais, livres, a passear na estrada, carros a passar, todos com algum destino, eu desconheço, é certo, nem sei o que vou estar a fazer daqui a quinze minutos. vejo também, os pássaros, felizes por estarem na primavera, que sorte a deles, e quando olho para o livro que tinha na mão, de biologia, ainda por cima, nada consigo absorver, o meu olhar prefere o mundo no seu real, o meu pensamento apenas se fixa nele, tudo e tudo em volta dele. tem medo, tem receio. nada o faz sossegar. não quer perder aquilo por que tanto lutou. sente o coração a ser loucamente amachucado, sente que perdeu o valor que um dia já teve, sente a falta de todo aquele carinho. agora, só pede para adormecer de novo com um sorriso, só pede apenas para não pensar, para ser anestesiado e acordar com alguém a dar a mão, a olhar bem nos olhos, a dizer aquilo que sente, a mostrar uma razão para se estar realmente feliz. agora eu, eu apenas peço um noite sossegada, só quero entregar os meus sonhos aos deuses e ser mimada por eles, o resto, isso fica a cargo do pensamento.

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