quinta-feira, 26 de maio de 2011

«eu era o lago de águas paradas, e tu foste a pedra que o fez ondular. eu era o sonho que o sono retarda, e tu, sem querer, me foste acordar. eu era a cinza já arrefecida, de um amor antigo que me fez sofrer, e foste tu, à cinza dar vida, uma chama ardente dela fizeste nascer. tu és o amigo que fala de amor, por isso te peço com muita ansiedade, dá vida e perfume à mais bela flor à qual eu dei o nome e se chama amizade. era moinho que já não moía, porque já não tinha um só grão p'ra moer, e foste a brisa que soprou um dia, as velas paradas voltaram a viver. eu era o livro que já se não lê, porque está guardado num canto da casa. eu era o espelho onde se não vê, tocha apagada que tornaste brasa.»

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